Amartya Sen, recebeu Nobel de economia por seu trabalho sobre a economia do bem estar social. Em seu livro a Ideia de Justiça nos propõem uma reflexão sobre a nossa maneira de fazer escolhas sob a perspectiva da liberdade. No capitulo III sobre o Desenvolvimento Sustentável, Sen aponta novos olhares sobre a nossa responsabilidade em relação a outras especies – ” Uma vez que somos muito mais poderosos do que outras espécies, temos certa responsabilidade em relação a elas, que se relaciona com essa assimetria de poder. Podemos ter muitas razões para nossos esforços conservacionistas: nem todas elas parasitam nosso próprio padrão de vida (ou satisfação de necessidades) e algumas aguçam precisamente nosso senso dos valores e o reconhecimento de nossa responsabilidade fiduciária”. Sen, encerra essa seção com uma crítica aos nossos padrões de vida ou satisfações de nossas necessidades, pois somos um ser múltiplo de necessidades que nunca serão plenamente satisfeitas. A importância da vida humana não reside apenas a satisfação dessas necessidade mas está diretamente ligada a liberdade que desfrutamos, uma vez colocada essas questões, o autor propõem uma reformulação do conceito de desenvolvimento sustentável proposto por Brundtland, pois não somos apenas “pacientes” cujas necessidades merecem consideração, mas “agentes” cuja liberdade de decidir o que valorizar extrapola os nossos próprios interesses.