por Prima Pagina
As associações empresariais já se organizaram para defender seus interesses na Rio+20, a conferência das Nações Unidas que, 20 anos depois da Rio-92, vai avaliar os progressos ambientais feitos no período, identificar os desafios atuais e apresentar propostas para tentar assegurar o desenvolvimento sustentável do planeta.
A conferência, apoiada pelo PNUD, ocorrerá em maio do ano que vem, no Rio de Janeiro. O setor privado será representado pela Ação Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável 2012, formada pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, pela Câmara Internacional de Comércio e pelo Pacto Global, uma iniciativa das Nações Unidas em prol da responsabilidade social. O chefe da delegação será o presidente do Bank of America, Chad Holliday.
“Na avaliação dos governos sobre como fortalecer e fazer avançar os compromissos para a Rio+20, é oportuno levar em conta o forte progresso feito pelas empresas e o potencial futuro das soluções empresariais na superação dos desafios da sustentabilidade”, disse Holliday após um encontro entre o grupo e membros das Nações Unidas.
Os líderes empresariais consideram que o setor tem um papel fundamental na agenda ambiental dos próximos anos. Para o Pacto Global, por exemplo, a ação responsável do setor privado pode alavancar a economia ao fornecer valores e soluções práticas que promovam o desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Um documento do Pacto Global indica que, nas discussões relacionadas a indústria, comércio e serviço, um dos pontos a serem defendidos pelas empresas na Rio+20 é que é preciso aumentar e intensificar a contribuição do setor privado para a sustentabilidade. Para isso, é essencial demonstrar sua “habilidade comprovada” em fornecer soluções sustentáveis e disseminar a importância de a iniciativa privada, em qualquer lugar, incorporar princípios de responsabilidade social em suas estratégias, operações e cadeias de suprimento.
Outro ponto a ser defendido é a necessidade de haver maior contribuição entre as empresas – e entre estas e governos, organizações multilaterais e sociedade civil – para identificar e ampliar as tecnologias mais promissoras, particularmente as relacionadas a mudanças climáticas, energia, água e comida.