Depois de dois dias de apresentações, discussões e análises sobre o setor da Construção, o 3º Simpósio da Construção Sustentável (SBCS10SB10Brazil), promovido pelo Conselho Brasileiro da Construção Sustentável (CBCS), recomenda a adoção imediata de uma série de medidas de simples implantação e eficácia comprovada para redução dos impactos ambientais, a maximização dos benefícios sociais e a melhoria da qualidade das obras. Tudo isso com a participação intensa de agentes púbicos e privados. Essa e outras recomendações fazem parte de uma Carta Aberta, divulgada no dia 9 de novembro, ao final do evento, realizado na Câmara Americana do Comércio (Amcham), em São Paulo. O documento leva em consideração o atual momento econômico e social do Brasil e o seu novo papel de liderança mundial, principalmente no que diz respeito à sustentabilidade.
O documento inclui medidas fundamentais que marcam a efetiva participação do setor no que se refere à Construção Sustentável. O estabelecimento de padrões mínimos de sustentabilidade, que atendam efetivamente às demandas sociais básicas e que promovam a melhoria da qualidade de vida é um deles; assim como o combate à informalidade em todas as suas dimensões, tais como fiscal, urbana, ambiental e de desrespeito aos padrões de qualidade mínimos estabelecidos. São fundamentais diretrizes sócio-ambientais para o planejamento e contratação de projetos e obras, inclusive relativas a sua inserção no espaço urbano. Da mesma forma, é preciso valorização da etapa de planejamento e projeto multidisciplinar integrado, adequando a remuneração dos profissionais para a realização destas atividades e condicionando as etapas subsequentes à análise de qualidade.
Dentro de um processo participativo, a Carta sugere o estabelecimento de uma agenda de construção sustentável de curto, médio e longo prazo, que sirva de orientação para a sociedade; assim como uma política nacional de análise de ciclo de vida de produtos, que oriente empresas, pessoas físicas e órgãos governamentais na seleção racional de soluções de menor impacto ambiental em cada caso, garantindo a competitividade internacional da indústria brasileira. É necessário que haja um investimento no desenvolvimento de um conjunto de indicadores que permita aos agentes do processo avaliar e acompanhar o seu desempenho em diferentes níveis. O SBCS10SB10Brazil recomenda também o incentivo ao aproveitamento e a requalificação das áreas urbanas e edifícios deteriorados, mitigando ampliação desordenada do espaço urbano e diminuindo distâncias de transporte.
O documento destaca, ainda, a importância da implantação de um programa de pesquisa e desenvolvimento de forma a criar um fluxo crescente de inovações técnicas e metodologias mais sustentáveis para a construção; e a inclusão nos programas nacionais de fomento à qualidade e a produtividade da construção, ações relacionadas à construção sustentável, incluindo o uso racional dos recursos naturais, o combate a não conformidade técnica e avaliação das inovações tecnológicas. Por fim, a Carta sugere o fomento e apoio à ética nos negócios e o combate ao uso da mão-de-obra infantil e escrava.
As conclusões enfatizadas e aplaudidas, também levaram em consideração a atual cadeia produtiva da construção civil, um dos motores do processo de desenvolvimento econômico do país. Os programas governamentais de desenvolvimento social, como o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento têm por base a atividade de construção; e adicionalmente existe uma demanda pesada de infraestrutura pública para os eventos globais como a Copa e as Olimpíadas. Além da justiça social demandar a democratização ao acesso à moradia, serviços públicos e a um ambiente construído de qualidade, também foi considerada a cadeia produtiva da construção e os significativos impactos sociais e ambientais, inclusive nas mudanças climáticas, no consumo de energia, água, biodiversidade e recursos naturais.
A Carta leva em consideração que as principais economias do mundo, já possuem políticas consistentes e articuladas para promover a construção sustentável, que é considerada um fator de competitividade para os países, pois minimiza os impactos ambientais, aumenta a durabilidade, diminui custo de operação, representando significativos ganhos sociais e econômicos. Segundo a Carta Aberta, cabe ao Estado, em todos seus níveis, em negociação com o setor, desenvolver e implantar políticas que incentivem adoções de práticas mais sustentáveis de construção. A cadeia produtiva já acumula razoável experiência no desenvolvimento e aplicação de soluções mais sustentáveis na construção para as diferentes realidades e obras brasileiras.
O 3º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável marcou um novo posicionamento da Construção nas questões relativas à sustentabilidade. Para Marcelo Takaoka, Presidente do Conselho Deliberativo do CBCS, a presença dos 698 participantes mostra que este tipo de evento ganha força no país. “Chama a atenção a diversidade de assuntos abordados, de entidades do setor, secretarias do Verde e do Meio Ambiente, do Estado e Município, o Ministério das Cidades, empresas privadas, entre outros. No exterior, um evento desse porte é feito apenas contemplando aspectos técnicos. Aqui, tivemos apresentações variadas, professores, especialistas, moderadores e a interação do público presente, que nos mostra que os temas despertam a curiosidade de todos”.
Durante os dois dias do evento, que teve a participação de engenheiros, arquitetos, acadêmicos e especialistas do Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa, o simpósio apresentou as principais inovações no Brasil e na América Latina sobre Sustentabilidade nos Negócios; Os Edifícios do Futuro: projeto e inovação; Sustentabilidade Habitacional Urbana; e Medindo os impactos ambientais no projeto. Nas sessões paralelas foram apresentados artigos científicos, workshops, além de cases empresariais da Saint Gobain: Weber Quartzolit e Holcim: Projeto Ortópolis Barroso e da Caixa Econômica Federal: Selo Casa Azul.
O CBCS congrega lideranças empresariais, pesquisadores,consultores e especialistas do setor, reúne um vasto acervo técnico com informações relacionadas ao tema e é uma das principais indutoras da sustentabilidade na construção no país.
O documento inclui medidas fundamentais que marcam a efetiva participação do setor no que se refere à Construção Sustentável. O estabelecimento de padrões mínimos de sustentabilidade, que atendam efetivamente às demandas sociais básicas e que promovam a melhoria da qualidade de vida é um deles; assim como o combate à informalidade em todas as suas dimensões, tais como fiscal, urbana, ambiental e de desrespeito aos padrões de qualidade mínimos estabelecidos. São fundamentais diretrizes sócio-ambientais para o planejamento e contratação de projetos e obras, inclusive relativas a sua inserção no espaço urbano. Da mesma forma, é preciso valorização da etapa de planejamento e projeto multidisciplinar integrado, adequando a remuneração dos profissionais para a realização destas atividades e condicionando as etapas subsequentes à análise de qualidade.
Dentro de um processo participativo, a Carta sugere o estabelecimento de uma agenda de construção sustentável de curto, médio e longo prazo, que sirva de orientação para a sociedade; assim como uma política nacional de análise de ciclo de vida de produtos, que oriente empresas, pessoas físicas e órgãos governamentais na seleção racional de soluções de menor impacto ambiental em cada caso, garantindo a competitividade internacional da indústria brasileira. É necessário que haja um investimento no desenvolvimento de um conjunto de indicadores que permita aos agentes do processo avaliar e acompanhar o seu desempenho em diferentes níveis. O SBCS10SB10Brazil recomenda também o incentivo ao aproveitamento e a requalificação das áreas urbanas e edifícios deteriorados, mitigando ampliação desordenada do espaço urbano e diminuindo distâncias de transporte.
O documento destaca, ainda, a importância da implantação de um programa de pesquisa e desenvolvimento de forma a criar um fluxo crescente de inovações técnicas e metodologias mais sustentáveis para a construção; e a inclusão nos programas nacionais de fomento à qualidade e a produtividade da construção, ações relacionadas à construção sustentável, incluindo o uso racional dos recursos naturais, o combate a não conformidade técnica e avaliação das inovações tecnológicas. Por fim, a Carta sugere o fomento e apoio à ética nos negócios e o combate ao uso da mão-de-obra infantil e escrava.
As conclusões enfatizadas e aplaudidas, também levaram em consideração a atual cadeia produtiva da construção civil, um dos motores do processo de desenvolvimento econômico do país. Os programas governamentais de desenvolvimento social, como o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento têm por base a atividade de construção; e adicionalmente existe uma demanda pesada de infraestrutura pública para os eventos globais como a Copa e as Olimpíadas. Além da justiça social demandar a democratização ao acesso à moradia, serviços públicos e a um ambiente construído de qualidade, também foi considerada a cadeia produtiva da construção e os significativos impactos sociais e ambientais, inclusive nas mudanças climáticas, no consumo de energia, água, biodiversidade e recursos naturais.
A Carta leva em consideração que as principais economias do mundo, já possuem políticas consistentes e articuladas para promover a construção sustentável, que é considerada um fator de competitividade para os países, pois minimiza os impactos ambientais, aumenta a durabilidade, diminui custo de operação, representando significativos ganhos sociais e econômicos. Segundo a Carta Aberta, cabe ao Estado, em todos seus níveis, em negociação com o setor, desenvolver e implantar políticas que incentivem adoções de práticas mais sustentáveis de construção. A cadeia produtiva já acumula razoável experiência no desenvolvimento e aplicação de soluções mais sustentáveis na construção para as diferentes realidades e obras brasileiras.
O 3º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável marcou um novo posicionamento da Construção nas questões relativas à sustentabilidade. Para Marcelo Takaoka, Presidente do Conselho Deliberativo do CBCS, a presença dos 698 participantes mostra que este tipo de evento ganha força no país. “Chama a atenção a diversidade de assuntos abordados, de entidades do setor, secretarias do Verde e do Meio Ambiente, do Estado e Município, o Ministério das Cidades, empresas privadas, entre outros. No exterior, um evento desse porte é feito apenas contemplando aspectos técnicos. Aqui, tivemos apresentações variadas, professores, especialistas, moderadores e a interação do público presente, que nos mostra que os temas despertam a curiosidade de todos”.
Durante os dois dias do evento, que teve a participação de engenheiros, arquitetos, acadêmicos e especialistas do Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa, o simpósio apresentou as principais inovações no Brasil e na América Latina sobre Sustentabilidade nos Negócios; Os Edifícios do Futuro: projeto e inovação; Sustentabilidade Habitacional Urbana; e Medindo os impactos ambientais no projeto. Nas sessões paralelas foram apresentados artigos científicos, workshops, além de cases empresariais da Saint Gobain: Weber Quartzolit e Holcim: Projeto Ortópolis Barroso e da Caixa Econômica Federal: Selo Casa Azul.
O CBCS congrega lideranças empresariais, pesquisadores,consultores e especialistas do setor, reúne um vasto acervo técnico com informações relacionadas ao tema e é uma das principais indutoras da sustentabilidade na construção no país.