No geral, os países desenvolvidos são todos predominantemente urbanos e o Brasil, só deixou plenamente de ser um país rural na década de 1970, com a constante migração para os grandes centros urbanos, no entanto, as cidades, não foram capazes de absorver toda essa população de migrantes, sendo que muitos acabaram sendo deixados em situação de vulnerabilidade em áreas de risco, outros se instalaram no centro dessas cidades, vivendo à margem da sociedade.
A marginalidade urbana é também um subproduto da transformação na esfera do trabalho onde há uma polarização social e no caso de São Paulo este modelo é fractual e a presença da pobreza esta em toda cidade.
Os governos e prefeituras responsáveis pelo planejamento urbano da cidade e dos seus espaços públicos, na maioria das vezes não conseguem absorver a expansão exponencial da cidade. Por isso, é de extrema importância as ações de intervenção no espaço urbano por organizações da Sociedade Civil, Fundações e Empresas.
A região metropolitana de São Paulo, tem tido uma bela atuação de organizações em prol do desenvolvimento pleno da cidade, como a ONG Nossa São Paulo, o Instituto Polis, entre outras organizações sociais que têm atuado para amenizar as mazelas sociais urbanas e resolver questões sérias como violência, tráfico de drogas, acessibilidade etc.
São Paulo, apesar de ser a cidade mais rica do país, no âmbito do urbanismo e do planejamento urbano está entre as cidades mais carentes, com a necessidade latente de uma reforma urbana ampla. Outras cidades como Curitiba, apresentam um planejamento urbano mais arrojado, principalmente devido à atuação do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, fundado em 1965, pelo então prefeito de Curitiba Ivo Arzua.
Um bom exemplo de projeto voltado para o Desenvolvimento Urbano Sustentável é a Praça Victor Civita, em Pinheiros, São Paulo. Com o apoio do Itaú Unibanco, a área antes degradada e abandonada, foi revitalizada através de um projeto idealizado pelo Instituto Abril em parceria com órgãos das iniciativas pública e privada: Itaú, Even Construtora e Incorporadora, CETESB, Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, Levisky Arquitetos, Holcim Brasil, Carbone Construtora, CMS Engenharia, GTZ (Agência Alemã de Cooperação Técnica) e IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). O projeto transformou a praça em um “Espaço Aberto da Sustentabilidade”, que além de uma arquitetura moderna e revitalizadora, conta com uma série de medidas sustentáveis, como placas de energia solar com fins educativos; iluminação com leds, mais duráveis que lâmpadas comuns; sistema de tec garden com calhas para reaproveitamento da água da chuva; além de projeto paisagístico composto por diferentes espécies com funções orgânicas, utilizadas na produção de bicombustíveis, para efeito demonstrativo. São ações como essa que levarão a construção de cidades sustentáveis no Brasil, de extrema importância para o desenvolvimento do país, que tem projeções de se tornar uma das maiores economias do mundo num futuro não muito distante, e com a tendência a urbanização cada vez maior. Autora: Relações Públicas: Vivian Aparecida Blaso Souza Soares César