No Brasil, em 2008, foi sancionada a lei licença maternidade que prevê a prorrogação de 120 para 180 dias para que a trabalhadora Brasileira possa amamentar seu filho, essa decisão foi tomada com base nos estudos da Sociedade Brasileira de Pediatria que apontavam que a amamentação regular por um período de 06 meses, poderá reduzir doenças como pneumonia, anemia e diarréia.
“No âmbito Federal o projeto de lei (PL 2.513/07) que criava o Programa Empresa Cidadã, foi convertido na Lei 11.770 de 09 de setembro de 2008, aprovada pelo Presidente da República, a qual prevê incentivo fiscal para as empresas do setor privado que aderirem à prorrogação da licença maternidade de 120 dias para 180 dias.
Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria apontam que a amamentação regular, por seis meses, reduz 17 vezes as chances de a criança contrair pneumonia, 5,4 vezes a possibilidade de anemia e 2,5 vezes a ameaça de crises de diarréia. Conforme estabelece a nova lei, as empregadas das empresas privadas que aderirem ao Programa – inclusive as mães adotivas – terão o direito de requerer a ampliação do benefício, devendo fazê-lo até o final do primeiro mês após o parto. Já o empregador que aderir voluntariamente ao Programa estará estendendo automaticamente este benefício à todas as empregadas da empresa.A lei prevê que durante a prorrogação da licença-maternidade a empregada terá direito à remuneração integral. Os dois meses adicionais de licença serão concedidos imediatamente após o período de 120 dias previsto na Constituição. No período de prorrogação da licença a empregada não poderá exercer qualquer atividade remunerada e a criança não poderá ser mantida em creche ou organização similar”.
Essa lei está de acordo com as metas do milênio que prevê além da autonomia da mulher, a equidade de gênero também a melhoria da saúde materna. A mulher ainda terá que enfrentar muitos desafios no mercado de trabalho, para a busca pela equidade de gênero principalmente porque muitas empresas brasileiras ainda preferem contratar homens do que mulheres alegando que as questões que envolvem a maternidade como um problema para as empresas na hora que as trabalhadoras resolvem construir uma família.
A diferença entre os salários de homens e mulheres vem crescendo nos últimos anos e é mais evidente entre níveis hierárquicos mais elevados. Outro ponto interessante observado na pesquisa foi que quanto maior o porte da empresa maior a diferença de salários entre os sexos exceto para as empresas que faturam mais do que R$ 300 milhões (US$ 150 milhões). A diferença salarial chega a aproximadamente 84% em empresas que faturam de R$ 150 a 299 milhões (US$ 75 a 149,5 milhões).