O que banaliza a sustentabilidade talvez seja a grande exposição da midia sobre o tema que ao invés de propor reflexões sobre métodos, processos e modos de gestão necessários para sua implantação nas empresas divulga ações pontuais voltadas a preservação ambiental o que muitas vezes já é uma obrigação da empresa para que ela consiga operar.
O tema sustentabilidade sugere uma quebra de paradigmas, uma reinvenção ou seja inovação.
A reflexão da qual me refiro, precisa de momentos de solidadão e de auto conhecimento. Está relacionada a um momento do homem com ele mesmo, e não a reflexão exclusivamente pragmatizada sobre a metodologia, o dinheiro e o retorno que a aplicação da sustentabilidade proporcionarão as empresas no médio e no longo prazo.
Mais do que isso, a sustentabilidade nos sugere uma nova forma de pensar e agir, é uma ruptura ao modelo cartesiano tradicional que colocava cada um no seu quadrado dentro das empresas.
Talvez hoje, essa ruptura do modelo cartesiano também seja o grande paradigma da ciência contemporânea que busca sair do velho paradigma do homem antropocêntrico para o homem que está integrado ao todo e não é o centro do universo.
Por outro lado, temos um homem blasé, (conformado com a situação atual, indiferente), dessa forma questiono: Como podemos quebrar essa barreira de pensamento tradicional para um pensamento sistêmico, trasdiciplinar que integra e interage com todas as esferas da vida no universo? Este é o desafio atual. Vivemos um momento onde as profissões tecnológicas tem ganhado cada vez mais o lugar das profissões das ciências humanas, mas o que impera este medo de se aproximar das ciências que estudam o homem?
O inovar, sugere arriscar se redescobrir, portanto, como é possível se distanciar das ciências que estudam o homem para tentar cada vez mais controlar o universo através do tecnológico?
Este é o grande paradoxo do nosso século. Como podemos quebrar os sistemas atuais para reinventar processos inovar arriscando os métodos tradicionais de produção para se aventurar em novos métodos que sugerem produções mais limpas se estamos condicionados por uma sociedade de consumo?
Este novamente é o ponto de inovação que muitos cientistas atuais nos propõem: é o questionamento sobre a Felicidade!
Será que para ser feliz precisamos cultuar a cultura do “ter” justamente a cultura antropocêntrica que nos coloca no centro de tudo?
Vejo que o pensamento sistêmico, sugere um rompimento do pensamento tradicional, pois nos mostra que existem outras possibilidade, outras formas de expressar nossos sentimentos que não sejam através do consumo de bens, serviços. Este pensamento traz reflexões sobre os valores, a ética, a responsabilidade social, ambiental, comportamental. É um resgate a moral entretanto, será necessário se permitir sair da forma e descobrir coisas novas para inovar e criar novos mecanismos de sobrevivência sem necessáriamete precisar do ter para ser feliz.
Portanto, não podemos deixar que a banalização do tema seja um desvio na rota do caminho para a sustentabilidade nas empresas. Mas devemos sugerir o diálogo e o incentivo a reflexão e auto conhecimento como modo futuro de sobrevivência e posterior evolução da nossa espécie na terra.
Colocamos um vídeo de Robert Happe que nos leva a reflexões sobre a felicidade! Vejam!
Autora: Vivian Aparecida Blaso Souza Soares César, Relações Públicas, especialista em Sustentabilidade
Oi Vivian.
Como sempre, voce está maravilhosa colocando suas idéias, sem dúvida alguma eu abracei esta causa também e pretendo levá-la adiante. Sei que ainda necessito muita maturidade neste meio para poder vivenciar o que você mesma já vivenciou no seu dia a dia. Desde que participei do Congresso de RP em que você também estava, me senti em casa e pude perceber que ainda temos muito o que fazer.
Bjus e espero que conheça o meu blog tabmém.
Oi, Vivian! Muito intessante o seu blog. Encontrei-o procurando na internet blogs que abordassem o tema da sustentabilidade.
Parabéns!
Vivian, tudo bem? Lembra de mim, a Melissa do GRS? Adorei sua reflexao, ainda mais resgatando essa entrevista sensacional do Robert Happe, que foi um encerramento perfeito do nosso curso, nao foi?
Tenho acompanhado sempre seu blog. Vivo agora em NY e tenho dois blogs:
http://www.melissanewsyork.wordpress.com
http://www.absolutamenterelativo.blogger.com
Esse ultimo discute justamente esses caminhos para a Felicidade. Ou sera a Felicidade O Caminho? 🙂
Bjs e muito sucesso!
Não conhecia Robert Happe. Vou pesquisar mais sobre ele. Já vinha pensando sobre a relação razão x emoção nas organizações humanas. Chegou o momento de inserir a espiritualidade nesse tripé e assim, alcançarmos a sustentabilidade (razão = econômica; emoção = relações sociais + amor e equilíbrio ambiental = espiritualidade – o planeta como nossa catedral). E como chegar a isso? Diálogo, conversa sem medo, sem barreiras,sem pressupostos ou pré-conceitos. A “revolução pela palavra” pela escuta do outro ser-humano.
Que bom ler seu blog e conhecer RH e vc Vivian.
Abraço fraterno,
Gaulia
http://gaulia.blogspot.com