*Por Eduardo Souza, CFP®
O investimento ESG (Ambiental, Social e de Governança) refere-se a uma classe de investimento também conhecida como “investimento sustentável”. Este é um termo para investimentos que buscam retorno positivo e impacto de longo prazo na sociedade, no meio ambiente e no desempenho dos negócios.
Existem várias categorias diferentes de investimento sustentável. Eles incluem investimento de impacto e investimento de responsabilidade social. Alguns investidores também colocam o ESG sob o nome de SRI, que buscam investimentos mais éticos para impactar de forma positiva a sociedade.
O Financial Times Lexicon define ESG como “um termo genérico usado no mercado de capitais e usado por investidores para avaliar o comportamento corporativo e determinar o desempenho financeiro futuro das empresas”.
Basicamente o termo é usado por investidores para avaliar corporações e determinar o desempenho financeiro futuro das empresas.
O ESG é um subconjunto de indicadores de desempenho não financeiros que incluem questões sustentáveis, éticas e de governança corporativa, como a gestão da pegada de carbono de uma empresa e a garantia de que haja sistemas em vigor para garantir a responsabilidade. Ou seja, leva em consideração investimentos usados em estratégias de avaliação de risco incorporadas nas decisões de investimento e processos de gestão de risco.
Qual é o apelo do ESG?
Muitos investidores não estão apenas interessados nos resultados financeiros dos investimentos. Eles também estão focados no impacto de seus investimentos e no papel que seus ativos podem ter na promoção de questões globais, como a ação climática.
Um grupo demográfico que é particularmente atraído por investimentos ESG são os millennials. De acordo com um estudo chamado Cone Millennial Cause Study, os millennials são mais propensos a confiar ou comprar os produtos quando empresas têm uma reputação de ser social ou ambientalmente responsável. Metade dos entrevistados têm maior probabilidade de recusar um produto ou serviço de uma empresa considerada social ou ambientalmente irresponsável.
Fatores de investimento ESG
Os investimentos ESG consideram variáveis ou fatores “extra-financeiros”. Investidores responsáveis avaliam empresas usando critérios ESG como um guia para selecionar investimentos ou para avaliar riscos na tomada de decisões. Fatores ambientais determinam a gestão do meio ambiente da empresa e se concentram em resíduos e poluição, esgotamento de recursos, emissões de gases de efeito estufa, desmatamento e mudanças climáticas.
Os fatores ambientais incluem gestão de resíduos, gestão de água, uso de recursos ambientais, divulgação ambiental, impacto ambiental e redução de poluição e emissões. Os fatores sociais incluem análise das partes interessadas, mentalidade no local de trabalho, direitos humanos, relações comunitárias de diversidade, cidadania corporativa e filantropia. Os fatores de governança incluem a estrutura do conselho, remuneração da administração, impacto das partes interessadas, direitos das partes interessadas e o relacionamento entre a administração e as partes interessadas.
Por que os investimentos ESG funcionam?
Normalmente se engaja na seguinte estratégia: primeiro, ele identifica um conjunto de investimentos atraentes, com base em seus critérios tradicionais de seleção de investimentos. Depois de fazer isso, ele aplicará uma lente ESG a esse conjunto de investimentos viáveis. Por último, mas não menos importante, ele seleciona os investimentos que devem gerar um impacto escalável e lucrativo. O motivo pelo qual o impacto e os retornos não precisam ser mutuamente exclusivos é porque a lente ESG só é aplicada a investimentos lucrativos que foram identificados antes da lente.
Com todas essas informações sobre ESG fica a pergunta: como os investidores podem adquirir conhecimento para que o aumento do seu patrimônio não leve à alocação de seus recursos em empresas que não estão comprometidas com a construção de uma sociedade mais justa e que não são éticas com suas partes interessadas, incluindo colaboradores, clientes, fornecedores e a própria comunidade?
*Por Eduardo Souza, CFP® é profissional CFP®, assessor de investimentos e sócio sênior na Praisce Capital AAI.