CBIC lança Guia de Boas Práticas em Sustentabilidade no dia 22 de março

 A Indústria da Construção, que teve um exponencial crescimento nos últimos anos, está cada vez mais envolvida no amplo debate público que tem buscado oferecer à sociedade brasileira alternativas para os graves problemas sociais e estruturais que o país ainda enfrenta. O setor tem dado provas do seu amadurecimento, incorporando no dia a dia das suas empresas uma preocupação cada vez mais presente com o desenvolvimento e a inclusão social aliada ao cuidado ambiental. Essa evolução das empresas da cadeia produtiva da Construção ocorre em um momento importante em que a sociedade vem estabelecendo compromissos para a erradicação da miséria e do déficit habitacional, pela universalização do saneamento e pela ampliação da infraestrutura do país, conferindo maior competitividade aos seus produtos e serviços.
Neste contexto, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lança na próxima sexta-feira (22), na sede do Seconci-Rio, o primeiro Guia de Boas Práticas em Sustentabilidade na Indústria da Construção. O livro é resultado de uma parceria entre a CBIC e a Fundação Dom Cabral (FDC) e reúne um conjunto de iniciativas empresarias que se tornaram referência ao alcançar resultados significativos nas áreas ambiental, econômica e social. O objetivo da CBIC e da Fundação Dom Cabral com o lançamento deste Guia é estimular as mais de 170 mil empresas que integram o setor, para que incorporem os conceitos e práticas de sustentabilidade corporativa ao seu cotidiano.
O Guia organiza as boas práticas em seis grupos. As divisões foram pensadas para facilitar o processo de leitura e permitir que o público interessado possa consultar rapidamente as experiências nas áreas de seu maior interesse: Gestão Empresarial e Governança, Relacionamento com os Stakeholders, Melhorias no Processo Construtivo, Saúde e Segurança do Trabalhador, Formação de Mão de Obra e Desenvolvimento Imobiliário Urbano. Ao todo, foram reunidas 29 boas práticas, em quatro regiões do país (Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-oeste). Os estados que mais se destacaram no levantamento foram: Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

PRÁTICA SE FORTALECE NO SETOR –
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) divulgou em 2011 os resultados de um estudo inédito sobre ações sociais no setor da construção: “Um Panorama da Atuação Social da Indústria da Construção”. Os dados da pesquisa mostraram que, embora ainda haja espaço para avançar, esse segmento da economia está atento ao tema e já desenvolve ações previstas na norma ISO 26000, que trata de diretrizes com relação à responsabilidade social-empresarial. Entre as mais de 200 empresas ouvidas, 58% delas promovem ações na área, com destaque para aquelas situadas nas regiões Norte e Nordeste.
A iniciativa da CBIC em promover o diagnóstico é importante, especialmente no momento em que o setor da construção assume um papel estratégico na economia brasileira e vem sendo cada vez mais demandado em relação à qualificação profissional de seus trabalhadores. O público interno das empresas, uma força de trabalho que historicamente tem origem nos setores mais excluídos da sociedade, vem sendo o público prioritário das ações sociais na construção. Nesse sentido, a condição socioeconômica é o principal fator para a tomada de decisão quanto ao desenvolvimento dos projetos.
As áreas nas quais as empresas vêm atuando de forma mais significativa são: meio ambiente; saúde; geração de trabalho e renda; e educação. A pesquisa detectou também que 13% dos dirigentes entrevistados admitiram promover somente uma modalidade de ação social, enquanto 36% assinalaram sete ou mais áreas.
SOBRE AS BOAS PRÁTICAS E EMPRESAS INTEGRANTES DO GUIA
·         GESTÃO EMPRESARIAL – A primeira subseção trata da Gestão Empresarial e Governança, parte essencial de qualquer desenvolvimento corporativo, inclusive para a sustentabilidade. São apresentadas no início quatro boas práticas de desenvolvimento de sistemas de gestão, usando como base a gestão da qualidade, gestão integrada, gestão de riscos e gestão da responsabilidade social. Em seguida, apresentamos duas experiências de relatos do desempenho corporativo em sustentabilidade e de emissões de gases de efeito estufa.
·         RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS – A segunda subseção aborda o Relacionamento com Stakeholders, que começa com uma experiência de como organizar o diálogo com esses grupos e de como alinhar a busca pela sustentabilidade com a estratégia corporativa. Depois seguem exemplos de atendimento aos interesses de acionistas, fornecedores e comunidades.
·         MELHORIAS NO PROCESSO CONSTRUTIVO – O Guia reúne nesta subseção projetos que alcançaram destaque na adoção do Building Information Modeling (BIM), na Implantação da Produção mais Limpa em Obras, na Otimização do Processo Construtivo para Minimizar Geração de Resíduos, na obtenção de Melhorias do Desempenho Ambiental dos Canteiros, na Implantação da Gestão de Resíduos, na Obtenção do Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal e no processo de certificação em Eficiência Energética em Edificações – Etiqueta Procel Edifica
·         SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR – Por sua importância para a Construção, dividimos o relacionamento com os trabalhadores em duas subseções. A quarta, que trata da Saúde e Segurança do Trabalhador (SST), começando com a organização do sistema de gestão de saúde e segurança do trabalhador, passando pelo alinhamento entre desempenho de SST em projetos de construção e seus resultados financeiros, fechando com a promoção de Ergonomia.
·         MÃO DE OBRA – E, ainda no universo dos trabalhadores do setor, a quinta subseção aborda a Formação de Mão de Obra, que envolve a preparação e contratação de moradores de comunidades vizinhas às obras, de mão de obra feminina e de detentos e egressos do sistema prisional e do trabalho escravo.
·         DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO URBANO – A sexta e última subseção busca levantar o potencial de empresas da cadeia produtiva da Construção para apoiar o Desenvolvimento Imobiliário Urbano. Ainda há muito para se explorar nesse tópico, mas para o guia apresentamos um exemplo de construção de calçadas, seguindo os princípios da acessibilidade e da sustentabilidade, e outro exemplo de planejamento de manutenção preventiva eretrofit em condomínios.
PROGRAMAÇÃO DO EVENTO DE LANÇAMENTO
Durante o evento de lançamento do Guia, serão feitas as apresentações de seis das 29 boas práticas apresentadas na publicação. As demais experiências estarão expostas em painéis durante toda a programação.
O evento de lançamento também vai contar com uma palestra de Paulo Itacarambi (vice-presidente do Instituto Ethos), que abordará a questão da promoção das mudanças econômicas que influenciam as atividades das empresas, estimulando uma base para promoção da sustentabilidade corporativa e apontando caminhos também para o setor da Indústria da Construção.
Serão distribuídos exemplares do guia a todos os convidados para ser utilizado como uma ferramenta de consulta, com conceitos e práticas de sustentabilidade que possam ser aplicadas no negócio de sua empresa.
Ao final do evento, os participantes serão convidados para uma visita guiada ao Espaço Cultural Clara Steinberg, onde o Seconci-Rio apresenta a exposição “Dos Réis ao Real: as diversas faces da nossa moeda” com o objetivo de provocar uma reflexão histórica sobre a importância da moeda e do dinheiro no Brasil. A proposta é instigar a cerca do significado e da influência que a economia exerce no desenvolvimento humano e como ela se constitui enquanto objeto de transformação social. A exposição tem como público direto todos os profissionais do setor da Indústria da Construção.
SOBRE O GUIA
O Guia será disponibilizado para download gratuito 

SOBRE O EVENTO
Data: 22 de março de 2013 (sexta-feira)
Horário: 9h30 – 15h
Local: Seconci-Rio (Rua Pará, 141 – Praça da Bandeira – Rio de Janeiro-RJ)
Mais informações através do telefone: (21) 2101-2555
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