Reflexões sobre a Responsabilidade Social Empresarial

Profa. Msc. Vivian Ap. Blaso S.S. Cesar: 

Caros amigos gostaria de compartilhar algumas reflexões sobre a Responsabilidade Social que percebi através da minha participação durante o CRIARS 2012 – 2º Congresso Ibero – Americano de Responsabilidade Social, realizado nos dias 25, 26 e 27 de Outubro de 2012 em Lisboa, Portugal.

Programas de Voluntariado – “os programas não são das empresas”, mas tem haver com os indivíduos – os cidadãos e seu reconhecimento com a causa. Temos como exemplo os projetos do VOLUNTEERBOOK– uma rede social de voluntariado no Facebook, que tem por objetivo promover a participação das pessoas criando condições e aumentando a visibilidade do papel dos voluntários em Portugal e na União Europeia.  http://www.volunteerbook.net/

Responsabilidade Social x Filantropia x Sustentabilidade – são definições distintas com objetivos que implicam em diminuição de riscos reputacionais para as empresas e dessa forma, a maior parte das empresas estariam mais preocupadas com suas marcas do que propriamente com os projetos que apoiam. Há certo deslocamento dos interesses empresariais apenas para os aspectos econômicos, e isso pode ser percebido a partir da diminuição  significativa de investimentos em RSE  ou Filantropia mediante a crise que estamos atravessando na Europa.

È importante enfatizar que o papel social da empresa é gerar lucro e desenvolvimento econômico e social, e isso não pode ser considerado como Responsabilidade Social, pois Responsabilidade Social tem haver com ações que promovam bem estar social sem prejudicar o meio ambiente e sem comprometer o desenvolvimento da sociedade.  Por isso, as empresas não podem absorver as funções que seriam do estado como, por exemplo, saúde básica, educação, mas as empresas socialmente responsáveis deveriam funcionar como HUBs incentivando a inovação e o desenvolvimento econômico uma vez que estamos mergulhados no sistema capitalista.

Cidadania, neste contexto, portanto é a “intervenção na Polis”, a partir do momento que temos pessoas, indivíduos atuando a favor de mudanças na cidade e seu entorno, podemos dizer que essas pessoas estão agindo rumo a um objetivo concreto que é o bem estar da sociedade, porque temos uma alma e não estamos ou atuamos sozinhos no mundo. Por isso, o papel da cultura das empresas neste contexto também é o de retroalimentar a sociedade rumo as melhorias das condições de vida das pessoas na Polis.     

O perfil do novo consumidor – desloca-se a partir de interesses individuais para os interesses coletivos, mas a partir da sua influencia nas redes da qual se conecta e se relaciona pode contribuir para uma grande coesão em busca de um interesse comum pela sustentabilidade.

– Ética – foi tratada sob a perspectiva de necessidade de vida, e essa necessidade de vida, não nega a pulsão de morte, mas pelo contrário necessita de regulações que possam contribuir para governamentabilidade do planeta  na busca por uma política que possa ajudar a sociedade encontrar a direção concreta para enfrentamentos a crise de desenvolvimento da sociedade capitalista contemporânea.
Universidades – as universidades deveriam estar mais abertas na distribuição e disseminação das inovações para contribuírem com mudanças culturais necessárias para que consigamos atingir a sustentabilidade.

Comunicação – as redes sociais e as redes comunicacionais em geral tem papel relevante na construção de uma nova realidade social e através das conexões será possível estabelecer novas perspectivas de enfrentamento das ameaças globais rumo a sustentabilidade planetária.

Contudo, essas reflexões não pretendem retratar a realidade vivenciada durante o Congresso são apenas pílulas de informações que tem por objetivo inspirar e incentivar novas reflexões frente aos paradoxos contemporâneos que estamos presenciando sobre a chamada SUSTENTABILIDADE.