Quando pensamos de modo sistêmico, há garantia de que estamos nos encaminhando para boas escolhas, valores construtivos, propósitos sustentáveis?
Ao raciocinar e construir sentido contextualizado estamos indo além das balizas do pensamento reducionista-mecanicista. Crianças e adultos são capazes de afirmar, expandir, justapor, comparar, diferenciar, negar e contrapor conceitos. Tal processo repousa em estruturas profundas, arquetípicas, algumas condicionadas, que estão na base de nosso modelo mental.
Mas qual a finalidade e direção desse raciocínio? Seria de se esperar que esse dom precioso nos levasse para estruturas conceituais propiciadoras do solidário, sustentável, verdadeiro, justo, belo e bom. A maioria não deseja para si o feio, a injustiça, a mentira, o isolamento, a fragmentação. O que temos feito com nossa capacidade de decodificar o mundo, formar conceitos e estruturas de pensamento, avaliar, criar propósitos e objetivos? Como se processa esta dinâmica mental que, embora sistêmica, tem fragmentado nossa visão do mundo e desestruturado nossa vida familiar, escolar, comunitária, empresarial?
Haveria modo de educar nossos processos de raciocínio na direção de horizontes onde figurem o adequado, consistente, coerente, justo e estético?
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Antônio Carlos Valença é consultor organizacional e diretor técnico da Valença & Associados – Aprendizagem Organizacional. Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Federal da Bahia e doutor em Comportamento Organizacional pela Case Western Reserve University, com especializações na Universidade de Harvard, no Symlog Consulting Group, na High Performance Systems e na Appreciative Inquiry Network. Professor da pós-graduação em Pensamento Sistêmico e Aprendizagem Organizacional da UFPE. Criador da metodologia Mediação- Método de Investigação Apreciativa da ação-na-ação (2007,2009). Autor, entre outros, de Aprendizagem Organizacional – 123 Arquétipos Sistêmicos (SENAC).
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