Itaú anuncia projetos contemplados no Programa Ecomudança

Programa beneficiará ações no Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais, com foco em reaproveitamento de materiais e recursos naturais

São Paulo, 27 de abril de 2009 – O Itaú anuncia hoje os projetos contemplados pelo Programa Ecomudança, voltado a organizações sem fins lucrativos que desenvolvam iniciativas com foco em redução de emissão de gases causadores do efeito estufa. Duas das ações selecionadas prevêem a substituição do óleo diesel, utilizado nos barcos de pesca artesanal da Reserva Extrativista da Marinha de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, e em fornalhas de aquecimento de piche de usina de asfalto, em Curitiba, por alternativas mais sustentáveis. Além disso, entre as ações contempladas existe ainda a proposta de ampliação da capacidade de uma cooperativa de catadores em Minas Gerais.

As iniciativas são do Centro de Logística e Apoio a Natureza – CLEAN (RJ), Instituto de Pesquisa e Conservação da Natureza Idéia Ambiental (PR) e da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Lavras – ACAMAR (MG), respectivamente. Ao total serão investidos R$ 320 mil, entre apoio técnico e financeiro, para viabilizar as iniciativas dos três projetos.

“Por meio desta ação, o Itaú busca contribuir com o fortalecimento de projetos socioambientais, direcionando parte de taxas de administração de fundos geridos pelo banco para projetos relacionados a mudanças climáticas”, diz Denise Hills, superintendente de Sustentabilidade do Itaú Unibanco.

O Programa Itaú Ecomudança contou com a inscrição de 62 projetos em todo o país, que foram analisados pelo banco em parceria com o Instituto Ekos Brasil. A escolha ainda passou por um Conselho Consultivo composto por lideranças na área de sustentabilidade. Os critérios utilizados para a escolha se basearam na eficiência de intervenções realizadas sob os temas de eficiência energética, renovável e manejo de resíduos. O valor do repasse de recursos corresponde a 30% da taxa de administração dos fundos Itaú DI Ecomudança ou Itaú RF Ecomudança apurada entre 31 de agosto de 2008 e 31 de agosto de 2009.

ONGs selecionadas
A proposta do Centro de Logística e Apoio a Natureza traz como alternativa a substituição do óleo diesel utilizado nos barcos de pesca artesanal da Reserva Extrativista da Marinha de Arraial do Cabo no Rio de Janeiro, por biodiesel (B-100), produzido a partir da reciclagem de 36.000 litros de óleo usado de cozinha. Com essa quantidade seria possível substituir 100% do diesel consumido nos barcos. A iniciativa prevê também a redução de despesas para as famílias dos pescadores e redução das emissões de gases de efeito estufa. Hoje a instituição já recolhe cerca de 4 mil litros de óleo de cozinha usado, que são destinados a fabricação de sabão.

Já o Instituto Idéia Ambiental apresentou iniciativa para a substituição de óleo diesel por pellets, biomassa vegetal na forma de granulados, em fornalhas de aquecimento de piche de usina de asfalto. Desenvolvido parceria com a Ecoheater, empresa criadora da tecnologia, o sistema a ser empregado pelo projeto queima os resíduos vegetais e é capaz de produzir energia térmica a baixos custos, gerando benefícios ambientais. A ideia surgiu com o objetivo de reduzir os custos de produção dos pellets, com novos processos de secagem e utilização de matéria-prima disponível e mais barata.

A ACAMAR, cooperativa que tem como finalidade coletar materiais recicláveis, separar e comercializar, propõe a ampliação de sua capacidade de 65 para 100 toneladas mensais. Com o valor doado será possível custear investimentos para aquisição de máquinas como esteira de separação de resíduos, empilhadeira com garra para fardos e prensa enfardadeira, para facilitar suas atividades. Hoje a coleta é feita por três caminhões e uma mini-van, envolvendo 25 famílias e cinco municípios mineiros. Além de plásticos, vidros, papel, são coletados também, por mês, 170 m3 de madeira usada nas indústrias da região, que são transformadas em caixotes, móveis populares ou vendidos à padarias, pizzarias, entre outros estabelecimentos, para serem aproveitadas como lenha.

Ecomudança
Lançado em agosto de 2007, o fundo Itaú RF Ecomudança trouxe um diferencial inédito ao mercado: permitir ao investidor aplicar recursos e, ao mesmo tempo, compensar as emissões de gases causadores do efeito estufa. Neste ano foi lançado um novo produto com o mesmo objetivo, o fundo Itaú DI Ecomudança.

Os fundos foram criados com o objetivo de destinar 30% da sua taxa de administração para o apoio de ações ambientais de organizações não-governamentais que visam a eficiência energética e conseqüente redução da quantidade de CO2 (dióxido de carbono) no ar, principal fator responsável pelo aquecimento global.

Para auxiliar o investidor interessado em compensar suas emissões de carbono foi desenvolvido um simulador de emissões de CO2. Basta acessar o site do Itaú, http://www.itau.com.br/, selecionar Investimentos e em seguida Fundos e responder a um breve questionário na página dos fundos Itaú DI Ecomudança ou Itaú RF Ecomudança, clicando sobre “Simule suas emissões de CO2”.

Sustentabilidade no Itaú Unibanco
Ao longo de sua história, o Itaú procura combinar consistente desempenho financeiro com atitudes que privilegiam a ética, a transparência no relacionamento com clientes, colaboradores, acionistas e comunidade e a competência gerencial, colocando-se a serviço da sociedade na busca conjunta de soluções para os problemas sociais e ambientais. Na visão do Banco, sustentabilidade consiste na manutenção dos negócios, no curto, médio e longo prazos, que permita uma entrega perene de valor às partes interessadas.

O Itaú é signatário dos Princípios do Equador, conjunto de normas por meio das quais os bancos se comprometem a observar a política social e de meio ambiente da IFC (Internacional Finance Corporation), organismo do Banco Mundial, nas operações de financiamento de projetos. Indo além do estabelecido e com uma política de risco socioambiental específica, os critérios socioambientais já são aplicados no banco a projetos com valor a partir de R$ 5 milhões.

O Itaú tem também investido em programas de ecoeficiência, iniciados em 2004, com o objetivo de reutilização de água e reciclagem de materiais diversos. Como exemplo, podemos destacar montagem de um modelo único e centralizado de coleta seletiva nos edifícios do banco e a consolidação de um único inventário de emissões de GEEs (gases de efeito estufa).

Além disso, a Usina Termoelétrica Bandeirantes (Uteb), administrada pelo banco, produz eletricidade para abastecer seis prédios administrativos utilizando energia renovável, a partir do gás bioquímico, gerado e coletado no aterro sanitário Bandeirantes. Só em 2009 foram gerados 107.703 mil créditos de carbono em 2009, que correspondem a 378.964 mil toneladas de carbono não emitidas. Para este ano, a meta é iniciar o abastecimento de mais um pólo administrativo atingindo 60 mil MWH de energia.

No Brasil, o banco compõe o Dow Jones Sustainability World Index (DJSI World) por dez anos consecutivos e o Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa. Em junho de 2009, o Itaú Unibanco recebeu do jornal britânico Financial Times e da International Finance Corporation (IFC) o prêmio Emerging Markets Sustainable Bank of the Year, reconhecimento máximo concedido à instituição financeira mais sustentável dos mercados emergentes, considerando a criação de valor em redução de custos e mitigação de riscos, dentre eles os socioambientais.

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