O microcrédito, importante ferramenta de combate à pobreza que tem no Grameen Bank, criado em Bangladesh, a experiência pioneira, é tema de Impacto em renda do microcrédito, de Mario Monzoni, coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGVces). O lançamento acontece dia 11 de dezembro, às 17h30, na sede da Bovespa.
Sobre o lançamento
O livro de Mario Monzoni será lançado durante o , realizado pelo programa New Ventures Brasil para, entre outros objetivos, facilitar a transferência de capital empreendedor a empreendimentos que aliam rentabilidade a impactos socioambientais positivos.AGENDALançamento do livro” São Paulo Confia.
Segundo o economista Ciro Biderman, Doutor em Economia pela FGV e especialista em desenvolvimento local, autor do prefácio, o livro “deve ter um papel relevante para aumentar o foco em soluções alternativas (e complementares) aos programas tradicionais de distribuição de renda e de seguro social que hoje representam uma parcela considerável do orçamento público.”Abaixo, disponibilizamos o texto de orelha e o sumário da obra de Monzoni. Orelha:O movimento de globalização iniciado na década de 1990 trouxe incontáveis desafios para os países em desenvolvimento e jogou luz sobre questões fundamentais para o desenvolvimento integrado das nações e a interação entre elas.Um dos aspectos que parece ter se tornado mais evidente desde então é a desigualdade social e a pobreza, cuja visão dramática se impõe ao mundo globalizado por seus parâmetros extremamente críticos. Para fazer frente aos índices inadmissíveis de miséria e desigualdade de oportunidades, fortaleceram-se, desde então, ao redor de todo o planeta, estratégias de distribuição de renda e de microcrédito – algumas novas, pioneiras, e outras reinventadas.Foi nesse cenário que se festejou, por exemplo, o sucesso de um empreendimento surgido ainda nos idos de 1970, o Grameen Bank, criado por Muhammad Yunus em Bangladesh. Embora já se tenha notícias do papel fundamental de instituições financeiras de crédito na redução da pobreza desde 1950, foi a partir de 1990 que, inspirado no pioneirismo de Yunus, o instrumento veio a aperfeiçoar-se e aproximar-se de um modelo sustentável.Ainda que a nova geração de organizações de microfinanças abordadas neste livro traga significativas inovações institucionais que reduziram consideravelmente o grau de inadimplência do sistema, o modelo precisa amadurecer em vários aspectos. É necessário ainda encontrar a combinação certa entre o microcrédito e estratégias de transferência direta de renda capaz de efetivamente fazer diferença no alívio à pobreza.Neste livro, Mario Monzoni nos oferece uma visão rica e integrada do panorama das microfinanças a partir dos dados coletados no Programa São Paulo Confia. Aqui estão reunidos também os resultados de observação do funcionamento e das práticas de outras instituições de microfinanças, como o já citado Grameen Bank e o Banco Sol, da Bolívia, que têm muito a ensinar ao futuro das políticas de distribuição de renda, entre outras razões porque são empreendimentos que miram a sustentabilidade, como o fazem também as experiências brasileiras.O que Monzoni nos facilita ver neste seu estudo é que, embora as políticas brasileiras de microcrédito sejam modestas, mostram-se, por outro lado, extremamente promissoras em seus resultados e apresentam enorme potencial de crescimento.Trata-se de livro fundamental para compreender como os mecanismos de microcrédito podem tornar-se ferramentas poderosas de alavanca para o desenvolvimento e a inclusão social no Brasil.Este estudo tem certamente papel relevante na reflexão sobre o desempenho dos programas de microcrédito como medida alternativa ou complementar aos programas tradicionais de distribuição de renda e seguro social.