Mudanças Climáticas na Construção

O setor da construção civil é o responsável por cerca de 40% das emissões globais de CO2, dessa forma, organismos internacionais como o SBCI, uma iniciativa coordenada pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) que propõe a impulsionar o governo à indústria no desenvolvimento de políticas públicas e práticas mais limpas no setor tem contribuído para ajudar o mundo a reduzir estes impactos.

No Brasil, o CBCS – Conselho Brasileiro de Construção Sustentável um dos membros do SBCI também já desenvolve projetos que tem como objetivo intervir na redução das emissões de CO2 reduzindo os impactos que tem causado as alterações climáticas que hoje tem sido vistas de perto por todos nós.

O Sinduscon SP realizou no último dia 06 um evento para promover o debate sobre este tema no setor. Um dos destaques apontados pelos especialistas que participaram do evento sobre as mudanças necessárias estão não só na implementação de processos produtivos mais limpos, mas também na mudança imediata do nosso perfil de consumo. Em São Paulo, já temos algumas iniciativas do governo que deram certo na redução de CO2 como, por exemplo, o caso dos 02 aterros sanitários que hoje através dos gases gerados pelo lixo abastecem com energia elétrica 02 cidades no interior do estado que possuem mais 700mil habitantes. Ou seja, hoje já sabemos o que precisa ser feito o que falta é fazer.

Outro ponto importante para se começar uma mudança rápida é fazer com que as empresas conheçam a sua pegada de carbono. Hoje, através de uma ferramenta gratuita disponível no site: http://www.ghgprotocol.org/calculation-tools/all-tools é possível que as empresas calculem sua pegada de carbono, através dessa ferramenta que foi desenvolvida em parceria pelas entidades: MMA – Ministério do Meio Ambiente, FGV – Fundação Getúlio Vargas, CEBEDS – Conselho Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável, WBCSD – World Business Council for Sustainable Development e WRI – World Resources Institute. Com estes dados, as empresas poderão estabelecer metas para a redução de seus impactos e melhoria de seus processos. È importante ressaltar que por enquanto esse relatório é voluntário, mas que já está tramitando no congresso projeto que tornará obrigatório a entrega deste relatório anualmente pelas empresas. Algumas empresas já aderiram à ferramenta como: Alcoa, AmBev, Arcelor Mittal, Banco Real, Sadia, Boticário, Suzano Papel Celulose dentre outras.

Outro ponto relevante apontado durante o evento foi sobre eficiência energética, por exemplo hoje segundo a Eletrobrás 40% do uso de energia elétrica no Norte do país se deve ao uso do ar condicionado, isso significa que precisamos alterar a forma de projetar, aplicando medidas como sombreamento nas fachadas,utilização de energia solar dentre outras. Por isso, na hora de escolher um empreendimento, estes aspectos são relevantes para uma escolha mais sustentável.
Maiores informações:
http://www.ghgprotocol.org/programs-and-registries/brazil-programhttp://www.eletrobras.com/elb/data/Pages/LUMIS6D5DB3B1ITEMIDPTBRIE.htm

Autora: Vivian Aparecida Blaso Souza Soares César, Relações Públicas, Especialista em Sustentabilidade