Cidades em tempos sombrios
A relva
O perfume matinal
Extraído na umidade das flores,
Beija-flores, serpentes coloridas,
Um paraíso despertando um ciclo,
Um novo tempo.
Um verde escuro
Deixando suas cores
No calor do dia.
Os micro-organismos
Se consolidam na inanição,
Uma nova forma
Um princípio da evolução:
Uns sequer se iniciam.
O homem pisoteia
Sem observar por onde passa,
Em suas pegadas descompassas,
Mata o que não sente,
O que não vê.
A gente que passa
Passando ao passo,
Ao passo
Que leva ao longe,
Ao longe que leva ao nada.
Belo Horizonte, 13 /06/17 -ATALIR Ávila.
Fonte inspiradora: Livro – Cidades em tempos sombrios de Vivian Blaso